A Região Metropolitana de Goiânia passa pela maior reformulação do transporte coletivo da sua história. A afirmação é do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (SET), Adriano Oliveira. Em entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, ele afirma que a expectativa é que os investimentos ultrapassem R$ 2 bilhões, envolvendo renovação total da frota, além da implantação de tecnologias de ponta, como câmeras com reconhecimento facial que serão primordiais para a segurança no transporte público.
“A segurança é um dos pilares centrais do projeto Nova RMTC. Já vínhamos avançando nesse aspecto com a criação do Batalhão de Transporte e os investimentos constantes do atual governo na área de segurança pública. Agora, com a nova frota e a integração de tecnologias inteligentes, vamos dar um salto ainda maior. A redução da criminalidade no transporte coletivo já é significativa, e a expectativa é transformar os ônibus em verdadeiras zonas seguras para os passageiros”, afirmou Adriano.
Segundo ele, o projeto inclui integração com a polícia, por meio de inteligência embarcada nos ônibus, para identificar situações de risco e reduzir drasticamente os índices de criminalidade. “O transporte coletivo vai deixar de ser um espaço vulnerável. Estamos caminhando para transformá-lo numa zona segura, com monitoramento que permite reação imediata das forças de segurança”, afirmou.
Adriano reconhece que a inadimplência de algumas prefeituras em 2023 prejudicou o ritmo dos investimentos. No entanto, a retomada dos repasses e o comprometimento dos gestores, especialmente do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, trouxeram novo fôlego ao sistema. “Ver esse comprometimento público é o que mais nos anima. Acreditamos que vamos conseguir concluir o projeto com muito sucesso”.
Goiânia tem uma das tarifas mais baratas do Brasil
Mesmo com todos os investimentos em andamento, o valor da tarifa praticada em Goiânia é considerado um dos mais baixos entre as capitais brasileiras. “Não posso afirmar com 100% de certeza, mas acredito que seja a mais barata entre as grandes regiões metropolitanas”, disse Adriano.
Ele pondera que existem cidades com gratuidade total, mas destaca que são municípios de pequeno porte e com baixa demanda. “Quando se trata de uma rede metropolitana como a nossa, o que está sendo feito aqui é realmente inédito”, afirmou.
Leia mais sobre: Prefeitura de Goiânia / Segurança / SET / Transporte Coletivo / Cidades / Goiânia
