15 de junho de 2025
Operação Máscara Digital • atualizado em 19/05/2025 às 14:22

Câmara de Anápolis exonera diretor de comunicação investigado por ataques virtuais

Denílson Boaventura é diretor de operações do site Portal 6 e um dos investigados da operação, que atua contra um grupo criminoso acusado de disseminar conteúdo calunioso e difamatório em perfis falsos nas redes sociais
Câmara Municipal de Anápolis - Reprodução
Câmara Municipal de Anápolis - Reprodução

A Câmara Municipal de Anápolis divulgou, na manhã desta segunda (19), a exoneração de Denílson Boaventura, que atuava como Diretor de Comunicação no local. A demissão se deu em função das investigações da operação “Máscara Digital”, deflagrada na última sexta-feira (16), pela Polícia Civil em Goiás.

Em nota, o Poder Legislativo anapolino também se coloca “à disposição das autoridades policiais e judiciais para o que se fizer necessário a contribuir ao devido processo legal”.

Denílson Boaventura é diretor de operações do site Portal 6 e um dos investigados da operação, que atua contra um grupo criminoso acusado de disseminar conteúdo calunioso e difamatório em perfis falsos nas redes sociais.

Ele é apontado como um dos administradores do perfil anônimo “Anápolis na Roda”, que vinha se notabilizando por publicar críticas anônimas, muitas vezes com conteúdo ofensivo contra políticos, autoridades do Judiciário e outros agentes públicos da cidade.

Além de Denílson, também são investigados a jornalista Ellysama Aires Lopes Almeida e Luís Gustavo Souza Rocha, atual secretário de Comunicação da Prefeitura de Anápolis. Segundo as investigações, o grupo por trás do perfil se valia do anonimato para disseminar ataques que extrapolavam o direito à liberdade de expressão e configuravam possíveis crimes contra a honra.

Após cumprimento de mandados de prisão temporária dos investigados, na última sexta-feira (16), a Justiça de Goiás autorizou a soltura do grupo. A decisão foi assinada pela juíza Marcella Caetano da Costa, da 5ª Vara Criminal de Anápolis, após manifestação favorável do Ministério Público.

De acordo com o promotor Eliseu Antônio Belo, a prisão temporária dos suspeitos já cumpriu sua função. Os celulares dos investigados estavam desbloqueados e conectados aos perfis em redes sociais usados para os ataques, o que possibilitou à equipe do Geic (Grupo Especial de Investigação Criminal) coletar provas importantes logo nos primeiros dias da ação.

Mesmo em liberdade, os investigados permanecem sob medidas cautelares. Entre as obrigações estão a proibição de realizar novas publicações ofensivas, de retomar o controle das contas investigadas e de acessar redes sociais de forma ampla.

A reportagem tentou contato com o ex-diretor de comunicação da Câmara de Anápolis, mas não obteve êxito. O espaço está aberto para manifestações.


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