Política

Caiado usa lançamento de Terminal Paulo Garcia para promover reformulação do transporte no entorno do DF a ministro das Cidades

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e o vice-governador Daniel Vilela (MDB) gastaram boa parte do tempo de seus discursos na inauguração do Terminal Paulo Garcia para mencionar a reformulação do transporte coletivo feita na Região Metropolitana de Goiânia ao ministro das Cidades, Jader Filho (MDB) em uma tentativa de tentar levar o modelo ao entorno do Distrito Federal.

Caiado tenta emplacar junto ao Governo Federal um consórcio entre os três entes: Governo de Goiás, DF e União para em conjunto discutir e financiar políticas públicas ao transporte coletivo do entorno. A medida congelaria a tarifa do serviço para o passageiro do entorno que hoje chega a R$ 12,00 em determinados trechos.

Direcionado sua fala ao ministro, Caiado apresentou os benefícios da reformulação à Região Metropolitana. “Todos os usuários do serviço de transporte da região metropolitana de Goiânia pagam o mesmo preço de R$ 4,30 desde 2019, no início do meu governo. Graças a isso, temos aqui situações diferenciadas que nenhuma outra capital tem”, pontuou destacando a parceria com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos). 

“Além do subsídio, nós pagamos as empresas dessa diferença da tarifa técnica para a do usuário nós pagamos em torno de R$ 120 milhões do ano e outra parcela é paga pelo senhor prefeito [Rogério Cruz]. Isso mostrando que temos um compromisso social com o deslocamento das pessoas. Em Goiânia, temos um dos sistemas mais modernos do Brasil”, e destacou os serviços lançados com a reformulação como o Bilhete Único, Passe-Livre do Trabalhador e o Cartão Família e a Meia-Tarifa. O vice-governador Daniel Vilela também destacou que o Consórcio Metropolitano era algo inovador e exemplo para o Brasil.

Nos bastidores da discussão, há certa resistência dentro do Governo Federal em assumir a parcela que lhe cabe no financiamento do subsídio. Caiado já tornou público sua insatisfação diante postura em outras ocasiões. Na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que hoje faz a gestão do transporte coletivo do entorno, o assunto está travado. 

O ministro das Cidades pareceu entender a questão e apesar de fazer parte do debate da reformulação não tem autonomia para bater o martelo em torno da questão. Por dois motivos: a ANTT é uma autarquia independente no Governo Federal que tem autonomia para tomar suas decisões e está debaixo do guarda-chuva do Ministério dos Transportes.

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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