14 de maio de 2025
Embate • atualizado em 24/04/2025 às 11:16

Caiado responde críticas de Gleisi e acusa PT de conivência com o crime organizado

A troca de acusações começou após Gleisi criticar a postura do governador frente à atuação do Ministério da Justiça
Caiado acusou o Partido dos Trabalhadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conivência com o crime organizado. Foto: Secom.
Caiado acusou o Partido dos Trabalhadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conivência com o crime organizado. Foto: Secom.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reagiu na última quarta-feira (23) às declarações da ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que o criticou por se opor à atuação do Ministério da Justiça no Estado. Em resposta, Caiado acusou o Partido dos Trabalhadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conivência com o crime organizado e afirmou que o governo federal tem sido omisso no combate às facções criminosas no país.

“Gostaria de refrescar a memória seletiva da ministra Gleisi Hoffmann. Quem tem um histórico de conivência com o crime organizado é o presidente Lula e os governos do PT”, afirmou o governador. Ele ainda classificou como “tiro político” a divulgação de dados sobre Goiás e disse que a intenção seria atacar um estado que tem denunciado o “acovardamento” do governo federal diante do avanço do crime. Confira a publicação:

A troca de acusações começou após Gleisi criticar a postura do governador frente à atuação do Ministério da Justiça. Em sua declaração, a deputada afirmou que Caiado deveria “agradecer” o apoio federal para combater supostas conexões entre o crime organizado e o setor de combustíveis em Goiás, e não alegar perseguição política. “Por que o governador Caiado não quer que o governo federal investigue as conexões do crime organizado com a distribuição de combustíveis em Goiás, como faz em todos os outros estados?”, questionou Gleisi.

Caiado, por sua vez, contestou a narrativa e reforçou que, em Goiás, o crime organizado não tem espaço. “Aqui em Goiás, bandido não se cria. Os presídios deixaram de ser escritórios do crime e as facções não dominam sequer um palmo de território”, afirmou. Segundo ele, o estado reduziu a criminalidade em quase 90% nos últimos seis anos, e a segurança pública é aprovada por mais de 70% da população goiana.

O governador também criticou a proposta do novo Sistema Único de Segurança Pública (Susp), encaminhada pelo governo federal ao Congresso Nacional, afirmando que o projeto concentra poder nas mãos do “petismo” e enfraquece a atuação policial. “Propõem que a polícia enfrente faccionados com flores. Lula promove a transição do Brasil de uma democracia para um estado de criminocracia”, disse.

Caiado finalizou a resposta reforçando que continuará denunciando o avanço das facções na economia nacional e lamentou a falta de operações federais de combate ao crime organizado nos últimos dois anos e meio. “Enquanto no Brasil quase 80% das pessoas indicam a violência como o principal problema, em Goiás a realidade é outra”, concluiu.


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