O aumento no preço das passagens do transporte coletivo na região do Entorno do Distrito Federal tem gerado grande preocupação no governador Ronaldo Caiado. Em um pronunciamento, Caiado criticou a falta de ações do governo federal para conter o reajuste, que foi autorizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e entra em vigor no próximo domingo (23).
A medida afeta as passagens do transporte semiurbano, entre o Entorno e Brasília, que terão um aumento de 2,919%, determinado pela ANTT. Esse reajuste, que incide sobre as empresas com autorização especial – as principais operadoras da região – é considerado uma medida que não favorece os trabalhadores locais. Segundo Caiado:
O governo federal segue ignorando as soluções viáveis já apresentadas pelo Governo de Goiás para evitar essa alta e penaliza os trabalhadores da região.
“Já demonstramos que é possível reduzir o valor das passagens e melhorar o transporte coletivo no Entorno, como fizemos na Região Metropolitana de Goiânia”, destacou o governador. Ele também ressaltou as diferenças entre as políticas adotadas em Goiás e as decisões do governo federal. “Na capital, a tarifa está congelada em R$ 4,30 desde 2019”, mencionou Caiado.
Medidas para evitar aumento
O Governo de Goiás, no início deste mês, enviou ofícios aos ministérios do Transporte, Casa Civil e ANTT solicitando medidas emergenciais para evitar o aumento. Entre as propostas estavam a suspensão do reajuste ou o subsídio do governo federal. No entanto, até o momento, não houve retorno.
“Queremos que esses benefícios também cheguem aos moradores do Entorno do DF. São pessoas que ajudam a movimentar a economia de Brasília e que merecem um tratamento mais digno no deslocamento para o trabalho”, enfatizou Caiado.
O governador em exercício de Goiás, Daniel Vilela, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, têm uma reunião agendada para esta semana para discutir o tema. Porém, o silêncio do governo federal sobre o reajuste continua preocupando as autoridades locais.
“Os moradores que trabalham em Brasília estão perdendo seus empregos, porque nem o trabalhador nem o empregador conseguem arcar com o novo valor da tarifa do semiurbano interestadual entre o Entorno e Brasília”, afirmou Caroline Fleury, secretária de Estado do Entorno do DF.
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