16 de março de 2025
Nova tentativa • atualizado em 25/02/2025 às 17:45

Braga Netto pede ao STF que Moraes seja declarado suspeito para julgar denúncia de trama golpista

A principal alegação para o pedido de suspeição é de que o ministro é alvo direto do complô, o que acarretaria em parcialidade do julgamento
Braga Netto é um dos denunciados pela PGR pelo esquema de tentativa de golpe de Estado. Foto: Reprodução
Braga Netto é um dos denunciados pela PGR pelo esquema de tentativa de golpe de Estado. Foto: Reprodução

O ex-ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, entrou com pedido de suspeição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes do julgamento do caso da suposta trama golpista do governo Bolsonaro junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados de Braga Netto argumentaram que com o ministro relator sendo um dos alvos do complô, a parcialidade do julgamento estaria comprometida.

O requerimento, enviado pela defesa do ex-ministro, deverá ser analisado pelo presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, a quem cabe decidir sobre pedidos de redistribuição de processos. Caso Barroso negue o pedido, ainda será possível apresentar recurso para julgamento colegiado. 

Envolvimento de Braga Netto

Braga Netto é um dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da Justiça (PGR) por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros crimes. Para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o ex-ministro teve papel central nas articulações.

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, afirmou em sua delação premiada que Braga Netto ofereceu dinheiro para a execução do plano de golpe. Além disso, Cid relatou ainda que o ex-ministro organizou uma reunião para discutir o planejamento do plano em sua própria casa.

O ex-ministro da Defesa de Bolsonaro também foi ministro da Casa Civil e chegou a ser preso preventivamente, em dezembro de 2024, por tentativa de obstrução das investigações do esquema golpista pela Polícia Federal (PF).

Com informações da Agência Brasil


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