O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi diagnosticado com um possível quadro de pneumonia viral, segundo informou o médico Claudio Birolini, chefe da equipe que acompanha a saúde do político. Bolsonaro passou por exames de sangue e tomografia na manhã deste sábado (21), no hospital DF Star, em Brasília (DF), após apresentar piora no estado de saúde.
Inicialmente, os exames estavam previstos para a próxima segunda-feira (23), mas foram antecipados devido ao agravamento dos sintomas, que incluíam crises de soluço e episódios de vômito desde a última quinta-feira (19). O médico responsável informou que a dose de antibiótico já em uso por Bolsonaro foi aumentada e que o ex-presidente deve manter o acompanhamento nas próximas 24 horas com um monitor de pressão arterial.
Vale lembrar que na noite de quinta-feira (19), o político recebeu o título de cidadão aparecidense. Além do ex-presidente, o título também foi entregue ao deputado federal Gustavo Gayer (PL), ao ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL) e ao advogado Victor Hugo Pereira. Bolsonaro chegou abatido à Câmara de Aparecida, aparentando problemas de saúde.
“Vamos dar uns dias de antibiótico para ele tomar e resolver essa questão do pulmão”, explicou Birolini. O médico também recomendou mudanças nos hábitos do ex-presidente, incluindo a revisão da alimentação e a redução do ritmo das atividades políticas. “Isso prejudica um pouquinho a recuperação dele”, acrescentou.
Bolsonaro permaneceu no hospital por cerca de quatro horas e, ao sair, comentou sobre o estado de saúde. Disse sentir-se “meio tonto, mas bem”, e relembrou que já enfrentou anteriormente crises prolongadas de soluço. “É uma crise que dura às vezes 24 horas, uma semana de soluço. Eu fico bom quando há inversão nos movimentos peristálticos, com o vômito, e aí passa o soluço e eu fico por algum tempo bom”, relatou.
O ex-presidente também mencionou o impacto da idade e das sucessivas cirurgias na sua condição física. “A idade pesa bastante na gente, e já foram sete cirurgias. Espero que seja a última”, afirmou, fazendo referência ao procedimento de 12 horas realizado em abril deste ano, quando foi submetido a uma cirurgia para tratar uma obstrução intestinal.
Por conta dos problemas de saúde, Bolsonaro cancelou compromissos políticos que estavam previstos em Goiás. A equipe médica deve reavaliar o quadro nos próximos dias, de acordo com a evolução do tratamento.
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