O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou empréstimo de R$ 2,89 bilhões à Rumo S.A. voltado a trabalhos de melhorias na infraestrutura do transporte ferroviário de cargas em trechos operados pela empresa que incluem o principal corredor de escoamento agrícola do País e acesso aos portos de Santos e Paranaguá.
Do total financiado pelo BNDES, R$ 1,16 bilhão será destinado à Malha Norte, trecho de 754 km que vai de Rondonópolis (MT) até a divisa com São Paulo, na região de Aparecida do Taboado (MS).
A Malha Paulista, trecho de 1.989 km que liga a Baixada Santista às cidades de Santa Fé do Sul/SP (onde se conecta com a Malha Norte), Panorama/SP e Colômbia/SP, receberá R$ 1,076 bilhões em investimentos.
E a Malha Sul, trecho ferroviário de 7.265 km distribuído em toda a região sul do Brasil, desde o sul do estado do Rio Grande do Sul até o trecho sul do estado de São Paulo, terá investimentos de R$ 650 milhões que estarão concentrados no Estado do Paraná, na via que dá acesso ao porto de Paranaguá.
Os trabalhos incluem a construção de novos pátios de cruzamentos, melhorias na via permanente, aquisição e modernização de vagões e locomotivas, além de investimentos no Complexo Intermodal de Rondonópolis.
Complexo Intermodal – Fundamental para o escoamento de grãos, o Complexo Intermodal de Rondonópolis passará por transformações que visam a aumentar a capacidade estática de armazenamento de grãos e a implantação de estrutura para operação de fertilizantes, carga de retorno dos vagões que retornam do Porto de Santos com destino ao Mato Grosso. A estimativa é de que a capacidade de transporte de fertilizantes alcance 7,5 milhões de toneladas por ano.
Redução de gargalos – Os aportes do BNDES para o modal ferroviário consideram o alto impacto desses investimentos para o desenvolvimento do País e a vantagem competitiva da ferrovia: um único trem transporta o equivalente a 357 caminhões, é menos poluente e tem custo competitivo em relação ao modal rodoviário.
A modernização de vagões e locomotivas também traz ganhos na economia de combustível, em cerca de 15%, e no aumento da capacidade de carga de 20% em média. Já o investimento em vias permanentes terá como consequência direta o aumento da velocidade dos trens, o que impacta na eficiência do modal.
Ou seja, aumentar a participação da ferrovia entre os modais de transportes no País alinha-se a uma política de atuação do BNDES na direção de reduzir os gargalos existentes no transporte das commodities produzidas em larga escala no País.