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Auditores fiscais do trabalho interditam máquinas em fábrica de Senador Canedo

A Auditoria Fiscal do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Goiás (SRTE-GO) realizou nesta semana ação de fiscalização em uma fábrica de fraldas descartáveis em Senador Canedo. Durante o trabalho de fiscalização, realizado após o recebimento de várias denúncias sobre acidente de trabalho registrados na fábrica, 18 (dezoito) máquinas foram interditadas. Quatro auditores fiscais e um procurador do Ministério Público do Trabalho integraram a equipe de fiscalização. Com as interdições, todas as atividades de produção ficam paralisadas até que tudo seja regularizado.

Responsável pela coordenação da ação, o auditor fiscal do trabalho Roberto Mendes ressalta que as denúncias dos trabalhadores foram registradas tanto no Ministério do Trabalho, quanto no Ministério Público do Trabalho.

“Constatamos que as 18 máquinas estavam operando em condições de risco, uma vez que não dispunham de sistemas de segurança adequados em suas zonas de perigo. Tal fato permitia que os trabalhadores realizassem intervenções nas referidas máquinas com as mesmas em operação, ocasionando situações de risco grave e iminente passíveis de ocasionar lesões graves nos membros superiores dos empregados. A segurança dos trabalhadores é nossa maior preocupação”, explica Roberto.

A empresa alvo da ação, que tem em seu quadro mais de 900 funcionários, conta com um histórico extenso de ocorrências relacionadas a acidentes de trabalho. Em 2014, inclusive, um servidor perdeu três dedos da mão direita ao exercer suas funções. “Há outros casos de de trabalhadores que fraturam, cortaram ou mesmo tiveram as mãos ou os dedos decepados pelas máquinas”, lembra o auditor fiscal.

Roberto Mendes explica que, para voltar a funcionar, a empresa terá que se adequar às normas de segurança do trabalho, instalando e adequando os sistemas de proteção nas zonas de perigo das máquinas (eixos, engrenagens, cilindros, entre outros). Segundo informou representantes da própria empresa, o custo para a adequação das máquinas será de aproximadamente R$ 7 milhões. “Enquanto perdurar a interdição, a empresa não pode ativar as máquinas, sob pena de crime de desobediência, e seus empregados devem receber normalmente salários como se estivem trabalhando”, esclarece.

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Samuel Straiotto

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