15 de maio de 2025
Política • atualizado em 07/05/2025 às 13:25

Audiência sobre saúde de crianças trans gera embate na Câmara de Goiânia

Audiência foi mantida, mas transferida para a Praça do Trabalhador, em frente à Câmara, com início previsto para as 19 horas
Assessoria jurídica do vereador Fabrício Rosa informou que avalia medidas judiciais em resposta às manifestações consideradas transfóbicas. Foto: Reprodução.
Assessoria jurídica do vereador Fabrício Rosa informou que avalia medidas judiciais em resposta às manifestações consideradas transfóbicas. Foto: Reprodução.

O plenário da Câmara Municipal de Goiânia foi palco de tensão na manhã desta quarta-feira (7), após manifestações contrárias à realização de uma audiência pública que debateria a situação de crianças e adolescentes trans na capital. O evento estava previsto para ocorrer no Auditório Carlos Eurico, mas foi alvo de pedido de cancelamento por parte do líder do prefeito na Casa, vereador Igor Franco (MDB).

Mesmo diante das críticas e da tentativa de suspensão, a audiência foi mantida, mas transferida para a Praça do Trabalhador, em frente à Câmara, com início previsto para as 19 horas. O debate, intitulado “Cuidar com respeito: saúde de crianças e adolescentes trans”, foi proposto pelo vereador Fabrício Rosa (PT), que defende a importância do diálogo sobre o tema a partir das demandas de mães e pais de crianças trans em Goiânia.

Durante a sessão, parlamentares expressaram posições divergentes. Vereadores como Sargento Novandir (MDB), Thialu Guiotti (Avante), Isaías Ribeiro (Republicanos) e Sanches da Federal (PP) se manifestaram publicamente contra a realização da audiência. Já Juarez Lopes (PDT) defendeu que o debate deveria ocorrer, destacando a importância de ouvir diferentes opiniões, inclusive de quem é contrário.

A vereadora Aava Santiago (PSDB) criticou o posicionamento de colegas que se opuseram à discussão, apontando incoerência entre o discurso de defesa das crianças e a postura diante de questões como o fechamento de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).

O requerimento que impediu a realização do evento na Câmara foi aprovado em votação simbólica, com apenas quatro votos contrários: Fabrício Rosa (PT), Edward Madureira (PT), Aava Santiago (PSDB) e Rose Cruvinel (UB).

A assessoria jurídica do vereador Fabrício Rosa informou que avalia medidas judiciais em resposta às manifestações consideradas transfóbicas durante o debate no plenário, além de questionar a tentativa de barrar a realização do evento.


Leia mais sobre: / / Cidades / Geral / Notícias do Estado