Após anúncio de suspensão de parte dos atendimentos nas maternidades municipais de Goiânia, por parte da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), gestora das unidades, por falta de insumos, a Prefeitura de Goiânia se manifestou sobre a questão dos pagamentos. Em entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, afirmou que, somente este ano, a Prefeitura já repassou R$ 103 milhões à Fundação para a gestão das maternidades.
Ainda de acordo com Pellizzer, os pagamentos são feitos à Fundahc rotineiramente e a gestora já consumiu todo o fundo rescisório da instituição. De acordo com ele, esse fundo rescisório zerado deve trazer problemas para a instituição quando encerrar o contrato com a Prefeitura de Goiânia. No entanto, ainda há dívidas da gestão anterior referentes aos anos de 2023 e 2024, que ainda não foram pagas, o que pode acirrar a crise.
Críticas à gestão
Em entrevista ao Diário de Goiás, neste sábado (5), o prefeito Sandro Mabel respondeu alguns questionamentos do editor-chefe e afirmou que o problema em relação aos insumos, que levaram à suspensão dos serviços, é “má gestão” da Fundahc.
“Eles têm que aprender a andar, têm que aprender a negociar. Eles têm que aprender a fazer mais barato, aprender a ter mais gestão, que é o que nós estamos fazendo com Goiânia. A Fundahc precisa mudar a gestão. Eles gastam demais, mau gasto. Então, não conseguem fazer mesmo”.
Prefeito Sandro Mabel sobre a Fundahc
Conforme Mabel, a Prefeitura e a SMS de Goiânia souberam da suspensão parcial dos atendimentos nas maternidades por meio da imprensa, apesar de terem tido uma reunião com a Fundahc para discutir os problemas nesta semana. “Nós estamos com o pagamento estritamente em dia. Segunda-feira (7) a gente recebe o dinheiro do governo federal do Teto MAC (Teto Financeiro de Média e Alta Complexidade), que é como nós pagamos eles também, e a partir daí, pagaremos a Fundahc imediatamente”, informou.
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