11 de dezembro de 2024
Dilze Percílio no RH • atualizado em 12/02/2020 às 23:39

As medidas afirmativas na reforma administrativa da prefeitura de Goiânia

Além de discutir a relevância e os possíveis impactos da criação da Secretaria de Gestão de Pessoas pelo município de Goiânia, no Blog (07/12), destaco a criação da  Secretaria Municipal de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial e a Secretaria Municipal de Políticas para a Juventude, decorrentes do desmembramento da Secretaria da Promoção da Igualdade Racial e da Juventude, e a criação da Secretaria Municipal de Políticas para as Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida.

Essa nova “departamentalização” somente se justifica a partir das diferenças de objetivos dos “clientes” de cada nova secretaria.

Ao contrario do que defendi com relação à Secretaria de Gestão de Pessoas, esse desmembramento não se justifica para a pasta de Promoção da Igualdade Racial e Juventude. Por que? Porque não há na diferença de objetivos dos “clientes” de cada secretaria.

Estamos falando de dois públicos diferentes, mas com as mesmas demandas: políticas afirmativas relacionadas, principalmente, a educação, inserção no mercado de trabalho e diminuição da discriminação. 

Trabalho com seleção de pessoas, para a área pública e privada, há 17 anos, e sei como é difícil achar talentos que possam fazer as organizações atingirem seus resultados. Será que ao separar as secretarias não estamos pulverizando os talentos dos profissionais de educação, serviço social, ciências sociais, administradores e especialistas em Gestão de Projetos, talvez para a simples criação de mais cargos de secretários e diretores?

Como presidente da ABRH GO fui convidada pela Secretaria Municipal de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial e da Juventude, e, apesar da boa vontade dos servidores, não ficaram claros os objetivos estratégicos da pasta, e nem a existência de um Projeto balizador das ações.

Já com relação a criação da Secretaria Municipal de Políticas para Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida, percebo um “upgrade” na importância dada pela prefeitura às pessoas com deficiência. Mas como disse anteriormente, uma Secretaria sem projeto de intervenção está fadada a ser julgada como cabide de emprego. E estes cidadãos precisam de olhares que saibam ler as linhas e as entrelinhas de suas demandas.

Como membro do FIMTPODER, Fórum Goiano de Inclusão no Mercado de Trabalho das Pessoas com Deficiência e dos Reabilitados pelo INSS, estou mais próxima das associações que atendem as pessoas com deficiência, e vejo que são instituições com projetos e muita crença na inserção de seus associados na sociedade e no mercado de trabalho.

Vai a dica para a prefeitura: buscar essas referências quando da definição dos objetivos estratégicos da Secretaria e elaboração dos projetos.

 


 

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