02 de novembro de 2024
Arte

Artista goiano expõe, com mais de 120 artistas, na Primeira edição da Bienal das Amazônias

A Bienal apresenta ao público a produção artístico-cultural contemporânea feita por artistas e coletivos da Amazônia Brasileira e Internacional
O goiano Hal Wildson cresceu às margens do Rio Araguaia, e expõe o "Reflorestar o imaginário". (Imagem: divulgação)
O goiano Hal Wildson cresceu às margens do Rio Araguaia, e expõe o "Reflorestar o imaginário". (Imagem: divulgação)

A primeira edição da Bienal das Amazônias abre sua programação nesta sexta-feira (4), em Belém do Pará, e traz obras de mais de 120 artistas dos nove estados da Amazônia Legal brasileira e de outros sete países da região Pan-Amazônia. Entre os artistas selecionados, está o goiano Hal Wildson, que cresceu às margens do Rio Araguaia, com sua exposição “Reflorestar o imaginário”.

O artista goiano Hal Wildson. (Foto: reprodução)

O projeto de Hal Wildson, segundo o artista consiste em uma ação realizada no Forte do Presépio, local histórico e que marca o berço da cidade de Belém. Essa construção fruto do nosso passado carrega camadas profundas do Brasil colonial, cheio de contradições, violências e projetos de apagamentos fundados por mitos de origem. “É urgente ‘reflorestar’ o imaginário das amazônias, desmistificar essa ideia de “Encontro” e produzir conhecimentos capazes de criar novos horizontes para além desse projeto de apagamento que persiste desde 1500”, diz parte da nota do projeto.

A Bienal ao todo, por sua vez, apresenta ao público a produção artístico-cultural contemporânea feita por artistas e coletivos da Amazônia Brasileira e Internacional. Este é o norte para o trabalho de curadoria do coletivo composto apenas por mulheres, são elas: a antropóloga de origem indígena Sandra Benites, curadora adjunta do Masp; Keyna Eleison, mestre em História da Arte e ex-diretora artística do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; a doutora em Artes Visuais Flavya Mutran e pela curadora e arte historiadora, radicada em Belém, Vânia Leal.

Com ações espalhadas por Belém, o principal espaço da Bienal não será um museu ou centro cultural da capital, mas um prédio desativado de uma antiga loja de departamentos com quatro pavimentos e quase oito mil metros quadrados. O local vai receber apresentações performáticas que foram selecionadas através de edital público e que dialogam com o audiovisual, a fotografia, literatura e a música. Vinte obras públicas também estarão expostas em diversos endereços da capital paraense. 

A fotógrafa paraense Elza Lima será uma das homenageadas do evento. Seus mais de 40 anos de profissão registrando ribeirinhos, caboclos, a natureza, a cultura popular da região amazônica e a infância cotidiana das comunidades da floresta poderão ser vistos durante o evento.  

A primeira edição da Bienal das Amazônias é realizada através da Lei de Incentivo Federal à Cultura Rouanet e segue até o dia 5 de novembro. Nas redes sociais oficiais do evento é possível acompanhar detalhes da programação.

Com informações da Agência Brasil


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