14 de maio de 2025
Transporte Público • atualizado em 23/04/2025 às 11:04

Após ranking negativo do IBGE, RMTC apresenta avanços em abrigos de ônibus na Grande Goiânia

De acordo com a RMTC, os pontos de parada de ônibus têm passado por um processo contínuo de melhoria e recuperação
Mais de 750 novos abrigos foram instalados e mais de 1.400 reformados desde 2024, segundo a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos. Foto: RMTC.
Mais de 750 novos abrigos foram instalados e mais de 1.400 reformados desde 2024, segundo a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos. Foto: RMTC.

Após a divulgação de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que colocam Goiânia entre as capitais com menor índice de abrigos de ônibus do país, a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) encaminhou ao Diário de Goiás uma nota de esclarecimento para detalhar as ações que vêm sendo realizadas desde janeiro de 2024. Segundo a empresa, as mudanças foram desenvolvidas com o objetivo de transformar a realidade do transporte público coletivo na capital e na Região Metropolitana.

De acordo com a RMTC, os pontos de parada de ônibus têm passado por um processo contínuo de melhoria e recuperação. “As ações implementadas demonstram que a capital e os municípios da região metropolitana estão em processo ativo e contínuo de transformação do serviço de transporte público coletivo na RMTC, refletindo em uma realidade diferente de dois anos atrás”, destacou a empresa.

A rede atualmente conta com mais de 7.100 pontos de parada ativos e em operação. Desde o início do programa de revitalização, foram instalados 752 novos abrigos e outros 1.458 passaram por reformas completas. Além disso, 6.550 abrigos receberam serviços de manutenção e conservação, incluindo limpeza, retirada de cartazes e pichações, além de pequenos reparos.

A empresa destacou que as mudanças fazem parte de uma política de reestruturação ampla do sistema de transporte público em Goiânia e municípios vizinhos. A RMTC afirma que os avanços representam um “feito inédito no Brasil” no que se refere à qualificação da infraestrutura de pontos de ônibus.

Tecnologia e trabalho técnico

A modernização dos pontos também envolve tecnologia. Segundo a RMTC, 4.406 abrigos contam com QR Codes que permitem ao usuário acessar informações sobre rotas, horários e previsão de chegada dos ônibus. “Estamos investindo na qualificação da infraestrutura, com foco em acessibilidade, segurança e comunicação eficiente com o passageiro”, afirmou a RMTC.

A rede também informou que 2.219 pontos foram identificados por placa I-23 e 2.084 receberam sinalização conforme os padrões do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). Os abrigos passaram a incluir ainda mensagens de alerta contra depredação e importunação sexual, além de informações sobre o aplicativo Mulher Segura, logotipo da Polícia Militar e contato direto com o WhatsApp de Segurança.

Outro ponto destacado foi o trabalho técnico de vistoria: 1.109 abrigos de concreto foram inspecionados, dos quais 302 foram classificados como “críticos” e substituídos por novos equipamentos. “Todos os abrigos removidos passaram por laudos emitidos por engenheiros e foram devidamente documentados com fotografias”, ressaltou a RMTC.

Segundo a empresa, o programa tem gerado investimento na contratação de pessoal especializado, empresas terceirizadas, aquisição de equipamentos modernos e até um software europeu, utilizado para otimizar a gestão e o controle das operações.

Ranking do IBGE

Apesar de figurar entre as capitais brasileiras com os melhores índices de infraestrutura urbana em áreas como calçadas e iluminação pública, Goiânia amarga uma das últimas posições no quesito acesso a pontos de ônibus. Segundo a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, divulgada pelo IBGE, apenas 5,3% das vias da capital possuem sinalização para pontos de transporte coletivo, como ônibus ou vans.

O índice coloca Goiânia como a terceira pior capital do país nesse aspecto, à frente apenas de Palmas (TO), com 4,5%, e Macapá (AP), com 3,1%. No topo do ranking está Porto Alegre (RS), onde 25% das vias contam com estrutura para parada de ônibus, seguida por Belo Horizonte (MG), com 20,5%, e Florianópolis (SC), com 19,8%.

Os dados fazem parte do Censo Demográfico 2022 e servem de base para o planejamento urbano e a formulação de políticas públicas, especialmente nas áreas de mobilidade urbana e inclusão social.


Leia mais sobre: Geral