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Após 20 dias de luta contra o Covid-19, militar do Bombeiros recebe alta do Hospital de Campanha em Goiânia: “Inimigo perigoso”, relata

O sábado (21/03) foi de muita emoção, com salva de palmas e balões ao ar marcando a saída do major do Corpo de Bombeiros, Ademar Ramalho da Silva Filho, de 43 anos, que recebeu alta do Hospital de Campanha de Goiânia (Hcamp), após cerca de 20 dias de uma verdadeira batalha contra a Covid-19. A história de superação só não terminou com final mais feliz ainda pois a esposa do major acabou não resistindo à doença no começo do mês.

Um corredor de soldados da corporação, amigos e familiares saudaram o militar, que logo depois pôde dar um abraço na filha Gabriela Albernaz da Silva, de 19 anos. Um momento que marcou a superação de dias agoniantes de espera, preocupação e muito medo. Em seguida, o major foi recepcionado por vizinhos na porta do prédio onde reside, no Setor Nova Suíça, ao som de sirenes do Corpo de Bombeiros, em outro momento de grande comoção. 

Durante o período de internação, Ademar passou nove dias em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), intubado, com 75% dos pulmões comprometidos pela Covid-19. “A coisa não é brincadeira, temos que levar a sério”, alertou o militar. Ele considera que praticamente morreu nos dias em que passou na UTI, e, por isso, reforça que a doença é perigosa e que é preciso se precaver ao máximo. 

“Nós vamos superá-la, mas se a gente brincar, podemos não conseguir. Então, vamos levar a sério e enfrentar esse inimigo. Ele é perigoso, mas possível de ser vencido”, acrescentou. Ademar fez questão de ressaltar o tratamento e cuidado que recebeu no HCamp. Ele disse que ficou impressionado com o trabalho de toda equipe da unidade, “incansáveis em uma luta há tanto tempo contra uma doença desleal”, pontuou. 

A filha do militar, Gabriela Albernaz, afirmou que a família pegou o vírus ao mesmo tempo: ela, o irmão, a mãe e o pai. Infelizmente, Priscila Viana Albernaz faleceu em 09 de março por complicações da doença. “Ela (mãe) foi para a UTI, recebeu alta porque estava melhor, mas precisou voltar, ser intubada e não conseguiu melhorar após três paradas respiratórias”, relatou.

Apesar do luto pela mãe, Gabriela encontrou forças para recepcionar o pai da melhor forma possível. “Ele receber alta é muito importante pra gente. Isso foi um milagre, os médicos ficaram surpresos porque não imaginavam essa recuperação. Estamos muito felizes e não consigo explicar meu sentimento de gratidão, de felicidade dele voltar pra gente”, comemorou. 

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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