16 de maio de 2025
Cultura gratuita

Aparecida recebe Festival Curta com cinema nacional e internacional dos dias 14 a 16 de maio

A mostra de filmes será realizada na Escola do Futuro Luiz Rassi, no Jardim Buriti Sereno
O festival terá três mostras, com olhares plurais: Mostra Aparecida, Mostra Documentário e Mostra Animações. Foto: Divulgação
O festival terá três mostras, com olhares plurais: Mostra Aparecida, Mostra Documentário e Mostra Animações. Foto: Divulgação

Entre os dias 14 e 16 de maio, Aparecida de Goiânia recebe o Festival Curta Aparecida, uma mostra não competitiva, com propósito de promover encontros entre os realizadores e o público de cinema. A mostra de filmes será realizada na Escola do Futuro Luiz Rassi, no Jardim Buriti Sereno.

O festival propõe uma imersão em narrativas locais, nacionais e internacionais que ressoam com o cotidiano e as lutas das comunidades. A organização do evento promete chegar nesse lugar e nessas pessoas com telas, ideias, histórias e encontros, reunindo realizadores, programadores e o público em uma grande celebração do audiovisual.

De acordo com Pablo Lopes, organizador da Mostra, houve mais de 400 inscrições de obras audiovisuais, de todas as regiões do país, algo que surpreendeu inclusive os curadores, pelo fato de se tratar de uma primeira edição do evento. Sobre isso, o produtor ressalta que isso demonstra que o Festival já conta com uma projeção nacional, como um novo espaço voltado pro cinema.

O festival terá três mostras, com olhares plurais: Mostra Aparecida, Mostra Documentário e Mostra Animações. A Mostra Aparecida, exibirá produções realizadas com recursos da Lei Paulo Gustavo em Aparecida de Goiânia, contemplando também a projeção de médias-metragens e demais produtos audiovisuais do edital 06/2023, valorizando a criatividade local e os frutos de políticas públicas de fomento à cultura.

Já os documentários e animações trazem um panorama da produção independente brasileira com destaque para obras potentes como “Confluências” (PI), que mergulha nas cosmologias quilombolas com a poesia de Nêgo Bispo; “Luis” (MA), um retrato comovente e bem-humorado do cotidiano nas periferias brasileiras; e “Terrão – Paixão pela Várzea” (GO), que celebra a alma do futebol de várzea goiano.

Cultura que vai além dos filmes

Além da exibição de filmes e documentários, o Festival Curta Aparecida se expande como projeto formativo, social e político. Por meio de oficinas e encontros, trará o fortalecimento da base cultural do município, formando professores, mobilizando estudantes e reacendendo o movimento cineclubista.

Entre as atividades trazidas pela ação, está a proposta “Stop Motion em sala de aula: narrativas em movimento”, que capacita docentes de três escolas públicas a usarem o celular como ferramenta criativa e pedagógica. A ideia é que esses professores se tornem multiplicadores do cinema em suas comunidades, promovendo a produção de pequenas histórias animadas com os próprios alunos.

Além disso, o festival vai promover ainda oficinas para a constituição de cineclubes em Pontos de Cultura da cidade. A formação contempla desde a história do movimento cineclubista no Brasil até técnicas práticas de exibição, curadoria, divulgação e sustentabilidade. Um verdadeiro passo para consolidar o cinema como instrumento comunitário e permanente.

Destaques da Mostra de Cinema

Durante os três dias de exibição, o público poderá conferir obras que se destacam pela força narrativa, inovação estética e profunda conexão com temas sociais e existenciais. Confira a programação completa do Festival:

14 de maio – 4ª feira – Mostra Documentário e Ficção

  • Confluências (PI) – Direção: Dacia Ibiapina e Antônio Bispo dos Santos – Um mergulho sensível nos festejos e saberes do quilombo Saco-Curtume, no Piauí, com a poética filosófica de Nêgo Bispo.
  • Como chorar sem derreter (RJ) – Direção: Giulia Butler- Uma fábula delicada sobre emoções reprimidas e afeto, em que uma menina cria uma máquina para resgatar a capacidade de chorar de sua companheira de casa.
  • Deixa (RJ) – Direção: Mariana Jaspe
    Com Zezé Motta no papel principal, o filme acompanha Carmen em seu último dia de liberdade antes da volta do marido da prisão.

15 de maio – 5ª feira – Mostra Aparecida e Regional

  • Luis (MA) – Direção: Hsu Chien – Um retrato emocionante da vida de Exu Pereira, um brasileiro comum que transforma adversidades em esperança com fé e humor.
  • Terrão – Paixão pela Várzea (GO) – Direção: Pedro Fernandes
    O futebol amador ganha protagonismo neste documentário que celebra a várzea como espaço de resistência e identidade em Aparecida de Goiânia.

16 de maio – 6ª feira – Mostra Experimental e Animação

  • Memórias da Desindustrialização (SP/Chile) – Uma reflexão visual e filosófica sobre os impactos da desindustrialização e os caminhos do capitalismo contemporâneo.
  • A arte de morrer ou Marta Díptero Braquícero (PB) – Direção: Rodolpho de Barros
    M – Um encontro improvável entre duas moscas em um restaurante abandonado revela sentimentos de abandono, solidão e humanidade.
  • Balada para Raposo Tenório (GO) – Direção: Samuel Peregrino
    No interior da Capitania de Goyaz em 1850, a chegada de um forasteiro perturba a paz de um arraial e desencadeia temores ancestrais.

Oficinas e ações

  • Formação para o cineclubismo: O cinema como dispositivo comunitário – Ponto de Cultura Coletiva Preta (17h às 21h) / Ponto de Cultura Vila Alzira (8h às 12h) / Ponto de Cultura Rosa dos Ventos (17h30 às 21h30);
  • Encontro de Gestão Cultural: Criatividade e Inteligência Artificial;
  • Oficinas Stop motion em sala de aula: narrativas em movimento – Colégio Estadual José Bonifácio /
    Escola Mun. de Tempo Integral Professora Vinovita Guimarães da Silva / Escola do Futuro Luiz Rassi.

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