24 de junho de 2025
Gestão pública • atualizado em 15/05/2025 às 12:57

Aparecida de Goiânia sanciona reajuste de 5,48% para servidores municipais

Reajuste sancionado por Leandro Vilela segue índice nacional e impacta toda a estrutura da administração municipal
Prefeitura concede reajuste de 5,48% aos servidores municipais com base no IPCA de 2025. Foto: Jhonney Macena.
Prefeitura concede reajuste de 5,48% aos servidores municipais com base no IPCA de 2025. Foto: Jhonney Macena.

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia sancionou, na última terça-feira (13), o reajuste da data-base dos servidores públicos municipais, equiparando os salários ao índice de inflação do país. O aumento de 5,48% segue o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 e é considerado um gesto de valorização ao funcionalismo da cidade.

Para os professores da rede municipal, que estão parcialmente em greve desde 29 de abril, o reajuste proposto é de 6,27%, com valor retroativo a 1º de maio. A medida eleva o piso salarial da categoria para R$ 4.867,77. O projeto de lei com os novos valores foi protocolado na Câmara Municipal, mas está temporariamente parado após pedido de vista do vereador Felipe Cortes (PL).

Enquanto parte das unidades escolares segue com funcionamento parcial ou paralisado, o Executivo municipal ingressou com uma ação no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), solicitando tutela provisória para garantir o retorno imediato dos professores às salas de aula. O processo tramita na 6ª Câmara Cível.

“Nenhum professor abaixo do piso”, afirma prefeito

O prefeito Leandro Vilela (MDB) tem reiterado o compromisso com a valorização dos educadores e a retomada das aulas. “No nosso governo, nenhum professor vai ficar ganhando aqui abaixo do piso. Estamos dando o reajuste de 6,27%, cumprindo o que foi apalavrado com a categoria. Agora, nós precisamos que os professores voltem às salas de aula e recebam os nossos alunos”, declarou no último domingo (11).

Vilela também enfatizou que a gestão tem priorizado a infraestrutura das escolas e CMEIs e defendeu que o compromisso com a Educação vai além do aspecto salarial. “Educação é muito mais do que salário, é prestar serviços relevantes à nossa população, e isso nós estamos fazendo”, completou.

Herança fiscal e cenário financeiro

A Prefeitura alega que dificuldades financeiras herdadas da gestão anterior, incluindo dívidas superiores a R$ 500 milhões, dificultam a concessão de reajustes mais amplos. Segundo a atual administração, R$ 58 milhões em débitos de folha salarial já foram quitados, e os salários estão em dia.

Em nota, o Executivo reforçou o compromisso com o diálogo e a busca de soluções que respeitem os limites da responsabilidade fiscal. A proposta de pagamento retroativo aos professores segue em estudo técnico, enquanto o governo aguarda decisão judicial sobre a legalidade da greve e o retorno imediato das atividades nas escolas.


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