O aterro sanitário de Aparecida de Goiânia enfrenta um impasse devido à falta de licenciamento ambiental, um problema herdado da gestão anterior, segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano, Wagner Siqueira. Em entrevista ao Diário de Goiás, nesta quinta-feira (27), ele afirmou que enquanto busca reverter o embargo e garantir que o aterro volte a operar dentro das normas exigidas, a prefeitura descarta, por enquanto, a realização de uma nova licitação para o serviço.
“Já existe uma licitação vigente tanto para a operação do aterro quanto para sua expansão. Mas, antes de qualquer coisa, precisamos regularizar a questão ambiental”, afirmou Siqueira. Na entrevista, o secretário também destacou os esforços da administração municipal para reverter o embargo e garantir que o aterro volte a operar dentro das normas ambientais exigidas. “É importante destacar a economicidade de manter o aterro municipalizado. O custo é muito menor para o município”, ressaltou Wagner.
Alternativas e desafios
Segundo o secretário, a prefeitura tem trabalhado em diversas frentes para regularizar a situação, buscando alternativas que conciliem viabilidade econômica e conformidade ambiental. “Estamos discutindo a questão com todos os órgãos competentes, dentro da Secretaria de Meio Ambiente e da administração municipal, para reverter esse quadro”, explicou.
Entre as possibilidades citadas por Wagner, está a ampliação do aterro, que garantiria a destinação adequada de resíduos para a próxima década:
A nossa luta é para que possamos criar condições de licenciá-lo novamente, ampliá-lo e permitir que Aparecida tenha um local para descarte adequado pelos próximos 10 anos, de forma econômica e ambientalmente correta.
Siqueira alertou que, caso o município não consiga regularizar o aterro, uma terceirização do serviço seria necessária – o que poderia gerar custos adicionais e complicações operacionais. “Se a prefeitura for obrigada a encerrar o aterro atual, precisará monitorá-lo por 20 anos devido à produção de gás e chorume. Além disso, teria que arcar com os custos de uma nova cela terceirizada. Para o município, a melhor opção é a regularização”, afirmou.
O prefeito Leandro Vilela (MDB) já havia se manifestado sobre o tema, reforçando que o embargo ocorreu devido ao não cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pela gestão anterior. “O município não cumpriu com esse TAC, e isso resultou na suspensão da licença e no embargo do aterro. Estamos dialogando com os órgãos competentes para superar essa situação”, disse Vilela em entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares na semana passada.
Atualmente, o município segue depositando resíduos no local, dentro do prazo concedido para regularização. “Temos 90 dias para resolver essas pendências jurídicas e ambientais. Paralelamente, estamos investindo na abertura de uma nova célula dentro das normas legais para garantir a continuidade do serviço”, destacou o prefeito.
Enquanto busca soluções, a prefeitura trabalha para cumprir as exigências ambientais e evitar impactos financeiros para o município. “Nosso objetivo é seguir o caminho mais viável e sustentável para Aparecida de Goiânia”, concluiu o secretário Wagner Siqueira.
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