11 de dezembro de 2024
Anápolis • atualizado em 04/03/2021 às 19:47

Anápolis terá lockdown de 10 dias a partir desta sexta-feira (5)

Medidas mais restritivas valem por dez dias. (Foto: Prefeitura de Anápolis)
Medidas mais restritivas valem por dez dias. (Foto: Prefeitura de Anápolis)

Anápolis entra nesta sexta-feira (5) em lockdown. A medida começa às 19h e valerá por dez dias, até às 6h do dia 15 de março. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (4) pelo prefeito Roberto Naves em novo decreto de fechamento de atividades.

Conforme o prefeito, após o periodo, volta a valer a matriz de risco do município, que hoje está no cenário moderado.

Só poderão funcionar supermercados, que terão horário de abertura ampliado até 00h, e estabelecimentos de gênero alimentício, como açougues e verdurões. Na saúde, permanecerão apenas atendimentos de urgência e emergências. Farmácias também podem abrir.

Algumas indústrias também vão parar. Só ficarão abertas as de alimentos, de medicamentos, agropecuárias. A automobilística fica limitada a 30% da capacidade.

A construção civil também cessa as atividades por dez dias. Somente quem fornece materiais de construção para UPA Geriátrica ou reforma da Santa Casa continuará em atividade.

Pelo período do decreto, restaurantes, pizzarias e pit-dogs podem fazer apenas delivery. A retirada no local está proibida.

Pressão sobre a saúde

A medida foi tomada pela intensa pressão sobre o sistema de saúde na cidade. A rede municipal, hoje com 60 leitos de UTI, teve aumento de 35% no número de internados em apenas sete dias. Nesse período, em enfermarias, as internações subiram 58%.

Segundo Roberto Naves, as variantes inglesas e amazonense, que já têm transmissão comunitária em Anápolis, agravaram o cenário. “O comportamento do vírus e o perfil dos internados mudou”, disse. “Essa mutação, além de mais virulenta, faz com que os pacientes mais jovem também tenham quadros de agravamento. A realidade é que as pessoas jovens estão complicando”, completou.

O prefeito destacou que, em reunião com técnicos, o cenário ficou claro e o decreto visa evitar o colapso da saúde na cidade.

“Se nada for feito agora, dentro de poucos dias, nossa rede vai colapsar e seríamos obrigados a ver moradores de Anápolis perderem sua vida sem o tratamento adequado. Precisamos da colaboração de cada um para que a gente possa conseguir salvar centenas de vidas e evite que pessoas morram sem atendimento”, afirmou.

Veja o que pode funcionar em Anápolis

Supermercados, hipermercados e mercearias;
Distribuidoras de água;
Açougues e peixarias, laticínios e frios, frutarias e verdurarias;
Panificadoras, padarias e confeitarias só funcionam por delivery ou com retirada no local;
Hospitais veterinários e clínicas veterinárias somente para urgência e emergência;
Estabelecimentos comerciais que atuem na venda de produtos agropecuários, apenas na modalidade delivery.;
Agências bancárias e casas lotéricas;
Indústrias relacionadas à saúde, higiene e alimentação humana e animal; de agricultura e agropecuária;
Indústrias automobilísticas com apenas 30% da capacidade;
Segurança pública e privada;
Serviços de call center ficam restritos às áreas de segurança, alimentação, saúde, telecomunicação e de utilidade pública;
Hotéis e pousadas funcionam com 50%;
Empresas que fornecem insumos para combate à covid-19;
Oficinas mecânicas e borracharias às margens da rodovia;
Restaurantes e lanchonetes localizadas as margens da rodovia, que estejam no perímetro territorial do município, poderão utilizar mesas e cadeiras no limite máximo de até 30%;
Autopeças somente com delivery;
Cartórios extrajudiciais


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