21 de março de 2025
Senado • atualizado em 20/02/2025 às 13:04

Alcolumbre diz que anistia a golpistas “não é um assunto dos brasileiros”

Para Alcolumbre as denúncias apresentadas pela PGR devem ser tratadas estritamente no âmbito jurídico
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP). Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil.
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP). Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP), afirmou que a discussão sobre o projeto de lei que prevê a anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado não deve ser um tema prioritário para os brasileiros. O projeto está em tramitação na Câmara dos Deputados e tem sido defendido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Isso não é um assunto que nós estamos debatendo. Quando a gente fala desse assunto em todo instante, a gente está dando, de novo, a oportunidade de nós ficarmos, na nossa sociedade, dividindo um assunto que não é um assunto dos brasileiros”, declarou Alcolumbre.

Senador defende isenção do parlamento

Para o senador, as denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outras 33 pessoas devem ser tratadas estritamente no âmbito jurídico, sem influência no ambiente político do Congresso Nacional.

“Ter a compreensão e a confiança que no Judiciário isso se tratará dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação brasileira e pelas leis, com imparcialidade, com cautela. Não é adequado transformar isso em procedimento político”, completou.

Articulação por anistia ganha força

Após a denúncia da PGR, parlamentares aliados de Bolsonaro intensificaram a mobilização para colocar em pauta o projeto de lei que concederia anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Na ocasião, apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, exigindo uma intervenção militar no país.

A PGR aponta que houve uma conspiração liderada por Bolsonaro para se manter no poder mesmo após a derrota nas eleições de 2022. A investigação também indica que o plano incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice, Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).


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