A deputada federal Adriana Accorsi lançou nesta sexta-feira (13) a campanha dela para ser presidente do Diretório Estadual (DE) do Partido dos Trabalhadores (PT) em Goiás. Não apenas a data, que é o número do PT, é um marco simbólico nesta sexta. Adriana escolheu o dia em que o pai dela, o já falecido ex-prefeito e deputado Darci Accorsi, um dos fundadores do partido em Goiás, completaria 80 anos para o lançamento da chapa “PT, União e Esperança”.
Em entrevista especial ao Diário de Goiás antes do evento, na tarde desta sexta, a parlamentar mostrou sua empolgação em organizar o partido para um momento importante eleitoralmente falando, que é o período anterior à eleição presidencial e estadual de 2026. Ela própria continua descartando intenção de disputar o governo de Goiás, embora seja sempre bem lembrada nas pesquisas eleitorais para o cargo. “Vou disputar a reeleição”, garante Adriana.
Sobre a eleição no PT, marcada para o dia 6 de julho, ela lembra que é um contexto nacional, com escolha dos diretórios municipais, estadual e nacional na mesma data dentro do Processo de Eleição Direta (PED) 2025. “É um processo de renovação interna do partido em todas as instâncias. Um processo interno de muito debate, muita democracia, onde a gente faz muita reflexão sobre os caminhos a serem seguidos”, frisa.
Adriana pertence à corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) ligada a Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro que vai disputar a presidência nacional do PT na mesma data.
Em Goiás o PT tem diretórios em 170 municípios, cita ela, que tem o apoio da atual presidente estadual, vereadora Kátia Maria, como mostrou o DG na quarta-feira (11).
Duas chapas registradas
Nessa eleição, todos os filiados que se filiaram um ano antes têm direito a voto. Conforme a deputada, os tradicionais debates internos das correntes petistas já estão avançados e culminaram no registro de duas chapas. Ou seja, Adriana está fortalecida para conquistar o diretório, mas tem concorrente.
O professor da Universidade Federal de Catalão (UfCat) Luiz Carvalho, registrou a chapa “Virar à Esquerda” ligada à tendência Fórum Diálogo e Ação Petista e vai para a disputa com Adriana, que tem o respaldo dos deputados estaduais e federais da legenda, vereadores, além de um histórico de já ter sido presidente do Diretório Metropolitano do PT.
Nesta sexta a reportagem não conseguiu localizar Luiz Carvalho e o espaço está aberto para ele. Pelas redes sociais, o professor do Instituto de Biotecnologia da UfCat, doutor em Psicologia, conta que está no PT desde 1992.
Ele coordenou as duas últimas campanhas majoritárias e proporcionais do partido em Catalão e foi candidato a vereador pelo PT no ano passado. Internamente, o grupo de Carvalho é visto como uma tendência mais à esquerda e, portanto, também mais crítica do governo Lula.
Disputa é natural no PT
Adriana sinalizou que a disputa não a incomoda e deve ser vista com naturalidade no PT. “Ao final, essa chapa que é lançada também, em disputa com a nossa, dependendo da quantidade de votos, também terá participação no diretório”, pontuou.
Se eleita, Adriana disse que seu maior desafio à frente do PT estadual, considerando ser num período de movimentação eleitoral estadual e nacional, “é fortalecer o partido em todos os municípios. Criar os diretórios onde não tem, deixar o partido mobilizado, organizado para o ano que vem, uma disputa eleitoral muito importante para nós. Nós estamos hoje no poder no país (…) e agora o objetivo é montar a chapa de forma muito organizada, de forma articulada para a gente conseguir ter essa votação maior”, destacou.
Além disso, ela espera estar à frente da legenda para “divulgar as políticas públicas do governo federal e fazer a campanha para o presidente no ano que vem e também colaborar para trazer mais benefícios do governo federal para Goiás, que é algo que a gente já faz como parlamentar, mas também como dirigente do partido e eu quero colaborar nesse sentido”, finalizou.
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