A deputada federal delegada Adriana Accorsi (PT) se manifestou contra as tentativas de flexibilização da Lei da Ficha Limpa, que pode ser alterada para reduzir o tempo de inelegibilidade de políticos condenados. A iniciativa está em um projeto de lei e é liderada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), visa permitir sua candidatura já em 2026, apesar da condenação imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o impede de concorrer até 2030.
“Isso é muito preocupante. Não podemos aceitar retrocessos que podem ter consequências graves para a democracia do país. A Lei da Ficha Limpa foi uma conquista do povo brasileiro e não será desmontada para beneficiar corruptos”, afirmou Accorsi.
Articulações: direita visa pautar projeto que altera Lei da Ficha Limpa e esquerda impedir avanço
Aprovada em 2010 após forte mobilização popular, a Lei da Ficha Limpa impede a candidatura de políticos condenados por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. No entanto, parlamentares da direita articulam a tramitação de projetos que diminuiriam o período de inelegibilidade de oito para dois anos e exigiriam condenação na Justiça civil comum para que um político fosse barrado nas eleições.
Segundo Adriana Accorsi, o tema deve dominar as discussões em Brasília nesta semana, e a oposição seguirá mobilizada para impedir qualquer retrocesso na Lei da Ficha Limpa. “Eles querem permitir que políticos inelegíveis possam se candidatar para continuar atacando a nossa democracia. Mas seguimos firmes na defesa da ética na política”, declarou a deputada em um vídeo publicado nas redes sociais.
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