Brasil

Acordo do G20 sobre taxação de super-ricos pode ser realizado até novembro, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está em viagem aos Estados Unidos, disse em coletiva ao lado do ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, nesta quarta-feira (17), que o G20 pode chegar a um acordo sobre a taxação de super-ricos até novembro. “Podemos, em julho, e depois, em novembro, soltar um comunicado político com um consentimento dos membros do G20″, afirmou.

Na coletiva, o ministro disse ser necessário que os países do G20 tratem o assunto como prioridade nos próximos anos. Além disso, o ministro destacou que é preciso haver coordenação internacional porque a taxação por apenas um país seria ineficaz e criaria conflitos de interesse. “Se algum país achar que vai resolver esse tipo de injustiça sozinho, ele vai ser prejudicado por uma espécie de guerra fiscal entre os Estados nacionais”, explicou.

Segundo Haddad, o governo do presidente Joe Biden é um possível aliado. “Especificamente, a administração Biden tem dado sinais claros de que algo precisa ser feito [sobre a taxação de super-ricos]. Ou no plano doméstico, ou no plano internacional”, afirmou. Sobre o Brasil, o ministro da Fazenda disse ser necessária vontade política para que a proposta avance.

Endividamento mundial

De manhã, Haddad disse que o mundo pode estar à beira de uma nova crise de endividamento, após os gastos com a pandemia de covid-19 e a alta da inflação no planeta. Em evento do G20 de combate à pobreza e à fome, ele afirmou que nenhum país conseguirá superar o problema isoladamente e que a taxação dos mais ricos é uma alternativa para reduzir a dívida.

As conversas sobre tributação estão explorando formas inovadoras de fazer com que super-ricos paguem sua justa cota de impostos, contribuindo, assim, para ampliar o espaço fiscal adicional para a implementação de políticas públicas contra a fome e a pobreza.

Fernando Haddad

Nesta quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI), que promove a reunião anual de primavera em Washington, revisou para baixo o crescimento da dívida pública brasileira. Conforme a instituição, a dívida bruta subirá de 84,7% em 2023 para 86,7% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, contra estimativa anterior de 90,3% do PIB em 2024.

Apesar da desaceleração o FMI recomendou que o Brasil faça um esforço fiscal mais “ambicioso” e corte mais gastos ou aumente a arrecadação. Haddad avaliou como positiva a revisão das projeções.

Com informações da Agência Brasil

Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019

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