A Polícia Federal concluiu o inquérito que apura o funcionamento de uma estrutura paralela de inteligência dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo o relatório, a chamada “Abin paralela” teria sido usada para monitorar ilegalmente autoridades públicas, jornalistas, advogados, servidores e adversários políticos, sem autorização judicial.
O documento, com mais de 1.100 páginas, detalha o uso do sistema First Mile, ferramenta tecnológica adquirida pela Abin, mas utilizada de forma clandestina para fins políticos e pessoais. Além das ações de espionagem, o relatório aponta a existência de um núcleo voltado para a disseminação de fake news, a produção de dossiês contra opositores e tentativas de embaraçar as investigações.
A investigação também identificou a participação de agentes públicos, inclusive integrantes da cúpula da Abin e do núcleo político do governo anterior, com o uso de recursos humanos, tecnológicos e financeiros do Estado para fins ilegais. O material agora está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF) e servirá de base para eventuais responsabilizações criminais.
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